Balbúrdia Records

publicado em:13/10/20 10:58 PM por: admin Notícia

Ligante Anfetamínico – Punk Rock desde 1998!

Nesse quadro de entrevistas o nosso objetivo é mostrar um pouco do que se está fazendo na cena underground brasileira, Vamos ao Rio Grande do Sul por que hoje entrevistaremos Jocemar do Ligante Anfetamínico, banda da cidade de Caxias do Sul – RS. Eles já estão na estrada desde 1998, fazendo um Punk Rock autoral e irreverente.

Busco sempre colocar a minha identidade, mesma coisa que a ligante procura, quem conhece uma ou outra música da banda já sabe que é ligante quando começa tocar e isso é muito legal.

Jocemar – Ligante Anfetamínico 2020
Ligante Anfetamínico – Caxias do Sul – RS
Vocês começaram a Banda em 1998, há 22 anos atrás, muita coisa mudou de lá pra cá. Como foi o início da banda, já era uma banda autoral? o que vocês tocavam?

A banda já começou autoral, formada por músicos que já tinham passado por outras bandas. 22 anos sempre se mantendo no autoral e algumas versões de músicas.

Houve muitas mudanças de formação nesses 22 anos? qual a formação atual?

A banda passou por diversas formações, não vou saber todas agora, mas algo que é muito interessante que praticamente todos os ex-integrantes de uma forma ou outra ainda participam da banda, divulgando a amizade seguiu após as mudanças. Atualmente a banda é formada pelo Luciano Paim que é o baterista e fundador da banda, Esqueleto no vocal, entrou alguns meses após a banda ter começado, mas é o front man, pode ser considerado também um dos fundadores é tipo João Gordo no ratos de porão, Jocemar na guitarra desde de 2017, conheço a banda desde a formação sempre comprei material fui em shows, agora faço parte da família, Tchaina no baixo, entrou na banda um pouco antes da pandemia está ansioso para seu primeiro show com a banda.

Jocemar – Guitarra
Há dois discos no Spotify da Ligante e uns singles, a citar Isso é Rock Filho da Puta de 2018 e KM 171 que tem uma ótima versão de Born to Lose hehehe. Já Dissintonia tem uma pegada diferente, pode falar um pouco sobre esses trabalhos já lançados.

A banda tem na verdade 3 CDs um deles ainda não está no Spotify, em breve estará, além disso temos demo tapes, 1 LP que foi comemorativo de 20 Anos. Ano passado lançamos um Single chamado Lembra?? que está disponível nas plataformas digitais e esse ano estamos ainda no lançamento de Dissintonia. Quanto a pegada diferente, na verdade foi a pegada que a música pediu e não algo pensado para ser diferente a composição da música também foi a primeira minha na banda, apesar de ter as mesmas influências, busco sempre colocar a minha identidade, mesma coisa que a ligante procura, quem conhece uma ou outra música da banda já sabe que é ligante quando começa tocar e isso é muito legal.

Luciano Paim – Baterista
Onde vocês tocavam antes da pandemia é claro, e qual foi a repercussão do som?

São muitos shows já tocamos para público de 5 pessoas e show para 20.000 pessoas. Tocamos em diversas cidades principalmente no RS, no início dos anos 2000 foram muitos shows com a banda Os Replicantes, sendo a banda de abertura em um momento que o Wander Wildner havia retornado para banda. E foi muito bom pois é uma das bandas que influenciaram o início da banda e influenciam até hoje, com a formação massa que está hoje. Fizemos algumas aberturas de show para o Wander Wildner em sua carreira solo. Abertura de show para Raimundos, Cólera, Inocentes, Tequila Baby, Maria do Relento entre outras.

Esqueleto – Vocal

Alguma curiosidade sobre a banda, shows, para contar, 22 anos deve ter muita coisa.

Cara muitas curiosidades, teve um festival por exemplo que contava com muitas bandas consagradas do RS e a ligante estava entre elas, porém a produção para pagar todos os artistas esperava um público gigantesco o que infelizmente não aconteceu, era um bom público, mas não o esperado. No dia do festival começar as bandas por não receber o cachê inteiro ou não receber resolveram não tocar, mas o público já estava no local esperando, a Ligante em respeito ao público foi a única banda a tocar no festival. No show do Ratos de Porão aqui, fizemos um role com o Jão por toda a cidade, até o aquece antes do Show foi na casa do Esqueleto.

Quais são os planos futuros da ligante depois da pandemia, shows, lançamentos, outros trabalhos?

Estamos trabalhando em uma coletânea que vai sair com uma revista poster, artigo de colecionador, estamos produzindo 3 músicas novas e a ideia é com as parcerias que estamos formando através das redes sociais e de antigos amigos fazer muitos shows.

Tchaina – Baixista

Como vocês acham que vai ser o mundo pós pandêmico? Especialmente para a cena underground, acredita que mudará algo?

Aí vou colocar uma opinião mais pessoal, acredito que não vai mudar muito não, a minha expectativa era que as pessoas valorizassem mais esses momentos de interação social, que dessem mais valor aquilo que é feito muitas vezes no “faça você mesmo”, mas com qualidade, com muito empenho, mas acho que infelizmente não deve mudar. Tenho visto algumas parcerias se formando em grupos de WhatsApp, Facebook etc… Agora é esperar o pós pandemia para ver se as parcerias vão se manter. Acredito que muitas bandas vão tentar seguir trabalhando online, mas não é o que a Ligante deseja, queremos estar no palco estar com a galera fazendo som.

Jocemar – Tchaina – Esqueleto – Luciano Paim

Deixe uma mensagem final para os nossos leitores.

Fica o convite para conhecer mais das nossas músicas, seja ouvir pelo Spotify ou acompanhar com os nossos Lyric Vídeos e Vídeo Clipes no Youtube. Lembrar que o underground não é feito apenas de bandas, existem muitas pessoas envolvidas na cena e todas devem ser valorizadas principalmente o público, entendo que o público é valorizado quando recebe um show bacana, com qualidade no áudio, na iluminação, no atendimento no bar etc. Então precisamos cada vez mais valorizar a cena e não se apoiar nela, ou pior esperar que ela aconteça sozinha. Muito obrigado pelo convite para esta entrevista, hey ho let´s go.


Há algumas músicas da Ligante Anfetamínico na playlist “Descoberta da Semana” da Balbúrdia Records.

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