Entrevista: Repudiyo 20 anos
REPUDYIO
Hoje aqui no blog da Balbúrdia entrevistamos Fofinho da banda Repudiyo, conheci os caras em um show em Joinville lá no inicio de 2014 e foi uma festa marcante. Batemos um papo onde me contou a história da banda e sua tour que comemora 20 anos de estrada.
REPUDIYO – Curitiba
Formada em 2000, logo na sequência lançou a Demo “A desigualdade continua”. Hardcore/Punkrock/grind/crust cru e direto, influenciado por bandas deste estilo de todas as partes do planeta, buscando uma sonoridade direta protestando face a vida indigna a qual está sujeita a maior parte da população mundial. Em 2005 lançou em seu Myspace outras 10 faixas de estúdio. Em sua trajetória realizou diversos concertos dividindo o palco com grandes do segmento, nacional como ratos de porão , cólera , mukeka dia rato entre outros e internacionais como Doom , Tervett Kadett etc, banda muito atuante nos palcos , já tendo tocado em toda a região sul/sudeste e no Paraguai e Argentina Em novembro de 2011 lançaram seu primeiro disco full, autointitulado , continuando sua saga de shows , em 2015 lançou o desgraça , discórdia e desgosto , fazendo vários shows desse disco , atualmente pós pandemia se encontra em fase de composições pra gravação do novo álbum e se aprontando pra uma turnê ( setembro 2022) pela região sul sudeste !
No underground não tem maior ou menor, ninguém é maior ou menor por tem mais tempo ou menos tempo de banda.
Fofinho – Repudiyo
Hoje eu entrevisto Fofinho de uma das bandas mais rolezera da cidade comemorando 20 anos conta pra gente como começou e se formou a banda
Primeiro obrigado a Balbúrdia, são poucos canais pessoas bares que apoiam a cena de música própria pesado e os poucos a gente sabe que são de verdade. Começou final de 2000 era um projeto para ser um som Rapiado tipo Planet Hemp e tinha outra banda que era para ser o Mikose era o som do Repudiyo, era uma galera de 15 ou 18 pessoas e umas dez bandas, e só sobrou a gente dessas bandas, o primeiro show foi em março de 2001 já com essa sonoridade mesclado punk, hardcore, metal grind e crust, essa é a nossa identidade. Paregontas baixo, Fofinho vocal que está até hoje, Mantena até 2013 e Perna na batera. Tiago entrou em 2003 na Bateria, o Magaren entrou na Guitarra 2013 ficou até seis meses atrás. Aí entrou Kevin na Guitarra já fez uns 6 ou 7 show com a gente. O Benson segurou a onda por que Paregontas está com uns problemas pessoais, já tocou nos show com Cérebro de Galinha e vai tocar na tour de 20 anos.
O nome Repudiyo é um nome forte e tem o Y a mais imagino que para formar (Do It yourself), qual a origem do nome e esse y é por isso?
A banda no Início era só com Y (Repudyo) para ser diferente, inclusive tenho uma tatto e é só com Y, esse nome foi até 2002. Em um show em Ponta Grossa na frente de um bar eu e o Paregontas tivemos essa ideia e é uma coisa que representa a banda. a gente queria um nome simples de uma palavra só.
Em 20 anos de banda tem alguns materiais gravados, EP “Desigualdade Continua”, Disco “Desgraça Discórdia e Desgosto” de 2016. Consegue traçar os materiais e coletâneas que já fizeram? Imagino que tenha muito som que não foi gravado também.
Cara, a cada três quatro meses a gente tinha som para um show de música própria. Gravamos o EP “Desigualdade Continua”, foi com seis meses de banda, lá nos idos de 2000. A gente é muito banda de palco, quando tinha MySpace gravamos um álbum no Estúdio Dimitri, nem sei se tem para achar em algum lugar esse, deve tá por lá perdido no planeta. Em 2012 gravamos Repudiyo álbum sem nome, depois tem o Desgraça né. Já era para ter entrado no estúdio para gravar. Tem muita coisa que não gravamos, muita música que saiu e entrou do set list que não gravamos, deve ter um álbum e meio ou dois. Pretendemos fazer menos shows em 2022, justamente para entrar em estúdio e gravar. Tem muita coisa para gravar novas ideias e tem que sair um disco novo. Se marca nos próximos dois anos devemos lançar até dois álbuns. Muita gente pergunta que nossos sons não estão nos Spotify da vida, mas estamos trabalhando nisso, provavelmente em setembro já devem sair lá.
Do spotify achei que era alguma questão política ou ideológica, sei que muita gente torce o nariz para o streaming, qual a relação de vocês com redes sociais, Youtube streaming, e também o futuro dos materiais físicos CD, Vinil merchan em geral.
Não temos nada contra os Spotify da vida, primeiro por vagabundice, e por não manjar dessas coisas, um amigo nosso foi tentar colocar a uns três anos atrás e ele acabando colocando com i “Repudio”, tentamos retomar e não rolou, agora o Kevin vai colocar, nas próximas semanas estaremos nessas mídias. A relação do material físico no underground nunca vai acabar, ter o CD vinil fita K7 é bacana, as coisas tem que andar de mão dadas. Hoje em dia, muita gente só escuta nessas mídias, a coisa física é bacana para ter em casa.
Vocês já passaram por vários lugares tocando e com muita gente é uma banda de estrada, quais lugares já tocaram e bandas que dividiram palco? Quais são os lugares que mais deu mais agito, que mais curtiram?
Região sul e sudeste tocamos em praticamente todos os estados e também Argentina e Paraguai. No norte e nordeste a gente não foi ainda, a gente quer muito ir. Interior de minas foi muito bacana em 2017, Rio também foi legal teve um grande agito foi muita gente de rolê diferente, nosso som abrange muita gente do Punk do Skate do Metal. Interior perto de Porto Alegre, muito bacana tocar, São Paulo também pelo tamanho, Diadema no container a galera sempre pira também. Geralmente a gente tem boa receptividade do público e nossa casa mesmo em Curitiba é sempre bem bacana.
Quanto às bandas que já tocamos, Varias, varias, varias, varias bandas, particularmente eu comecei a escutar desde muito cedo Ratos de Porão e é emblemática tanto para mim quanto para a banda, comecei a ouvir muito cedo, já tocamos umas 7 ou 8 vezes e já tem até uma amizade com Jão que eu falo direto, até vou tocar lá no Bar dele dia 04 de setembro, no underground não tem maior ou menor, ninguém é maior ou menor por tem mais tempo ou menos tempo de banda. Tocamos também com Mukeka di Rato, Cólera, banda gringas como Terveet Kadet, Doom, bandas que a gente ouviu desde pequeno, é muito bacana tocar com bandas que crescemos escutando e que influenciou a gente a tocar. Sempre tocamos com mesmo entusiasmo, mesma vontade seja uma banda com mais tempo ou uma iniciante, o massa também por ter vinte e poucos anos de banda é encontrar gente que montou banda por que foram em nossos shows, começaram a curtir mais o som, conhecer mais por dentro da cena, das ideias, ideologias, isso que vale a pena esse legado.
Vocês estão comemorando esses 20 anos com uma Tour, pode contar pra gente sobre esse rolê e onde vai passar.
Era para ter sido em 2020, dado à pandemia acabou não rolando, vamos tocar na sexta no Pinhão em Curitiba, sábado, domingo e segunda em São Paulo. Terça, quarta e quinta no Rio de Janeiro. Sexta em Minas Gerais. Sábado e domingo voltamos a São Paulo e Diadema para o último show. A gente tenta marcar assim uma sequência, por que para você sair e conseguir cobrir os custos, a gente sabe que é complicado, tem que fazer uma bilheteria barata para galera poder ir, tem os custos do bar, tem que fazer seguido para andar o mínimo possível, tem que fazer assim se não não vira.
Para encerrar, Repudiyo que aguarda para os próximos anos?
Então, voltando da Tour vamos trabalhar nas músicas paradas como já falamos aqui, terminar de dar uma lapidada nelas e vai sair um disco com certeza. Queremos continuar tocando, ajudando a produzir os shows das bandas underground, e continuar na cena, até quando eu não sei, eu ainda me sinto muito a vontade, é complicado família, filho eu tenho uma loja e tem que conciliar tudo, tá no sangue né, o underground, o punk, como pessoal diz é uma droguinha a gente não consegue largar.
E por fim uma mensagem final para pessoal que estiver lendo a matéria, pessoal da cena.
Muito Obrigado pelo espaço que a Balbúrdia da para as bandas locais e do Underground em si. Continue acompanhando tanto a gente quanto as bandas locais. Não vamos levanta a bandeira de politico nenhum, mas vamos tirar essa porra de Bolsonaro, chega dessa merda, espero que vá pro ar antes antes ainda das eleições e vamos votar contra o Bolsonaro. Valeu! Abraços.
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TOUR REPUDIYO 20 ANOS
[…] Segue uma materia do Balburdia Records com entrevista com a banda:https://balburdiarecords.com/2022/08/27/entrevista-repudiyo-20-anos […]