Balbúrdia Records

publicado em:23/11/22 11:35 PM por: admin ColunasEntrevistaLuis FelipeNotícia

Entrevista com a banda Luz Vermelha HC

Hoje entrevistamos a banda Luz Vermelha HC de Guaratuba – PR que comemora 25 anos de estrada, prometem material novo para 2023 e seguem fazendo o seu legitimo hardcore caiçara.

…coisa mais importante que é levar o Caiçarismo e nossa regionalidade conosco nos rolês. Misturar o punk HC com pitadas de fandango e por aí vai!

Keio – Luz Vermelha HC
Luz Vermelha HC

Quando vocês iniciaram o projeto da Luz Vermelha?

Keio: A LVHC iniciou em julho de 1997 na cidade de Guaratuba, litoral. Este ano estamos completando 25 anos de banda.

Como surgiu o nome Luz Vermelha HC?

Keio: O nome vem de uma sátira a justiça brasileira e ao nosso sistema prisional que deu liberdade ao bandido da Luz Vermelha para voltar a viver livre na nossa sociedade e por coincidência ele veio morar em Guaratuba PR cidade onde Jeferson Jeg, Maurício Ramos, Rogério Resende e Rodrigo Borba faziam um som mas até então a banda não tinha nome e um dia de ensaio na casa do Jeferson e entre som e muitas garrafas de vinho barato e discussões sobre o nome o Rodrigo Borba pega um jornal da cidade onde a capa era a notícia que o bandido da luz vermelha estava livre e morando em Guaratuba e tivemos aí ilustre ideia então de batismo da banda.

Quem são os integrantes da banda?

Keio: A LVHC hoje conta com o Jeferson Jeg na bateria, integrante da formação original. Cleverson Keio no vocal, que entrou na banda a partir de 2008. Jota Jonathan Punk no baixo, entrou na formação a partir de 2017 e Matheus Matha na guitarra que está na banda desde 2019.

Quais as principais inspirações da banda?

Keio: Num primeiro momento a gente já pensa em banda, rock, punk etc, mas o que realmente nos motiva é a arte e o Underground mesmo. Porque, veja bem, você trabalha muito a semana toda e faz um som com seus parceiros que são de cidades diferentes no final de semana, tocar, se ferrar nos rolês e depois ainda rir disso, é pra quem gosta mesmo. Isso nos motiva a não parar.

O que vocês faziam antes da banda?

Keio: Eu trabalhei em empresas do gênero portuário aqui da cidade de Paranaguá, vivendo enfurnado em escritórios, já tinha e voltei recentemente com minha banda de desgraceira Toxina, além de sempre estar desenhando e produzindo algo pro underground. Hoje vivo basicamente de arte, desenhando e tatuando.

Jota: Vem de outros projetos, como a NTN que teve início no final de 1999, além de estar à frente do Studio Na Mira de 2015 até 2021, fazendo várias produções e festivais focados principalmente no underground do litoral.

Matha: basicamente participando de outros projetos/bandas. Entrei na LVHC de supetão para cobrir o antigo guitarrista a princípio para apenas um show, mas acabei ficando muito pelo entrosamento da banda e por sempre ser um fã da mesma, ser convidado foi uma honra.

Jeg: estudava e trabalhava de mecânico de automóveis e caminhões até então nunca tive nenhum contato com a música.

Já tocaram em outras bandas?

Keio: O Jeg sempre esteve com a LVHC mas teve um projeto em 2007, também na batera, com uma banda aqui de Paranaguá chamada R.D.A. ou Restos de Aborto. Eu também faço vocal na Toxina de Paranaguá que já gritava antes de entrar na LVHC. O Jota toca batera na N.T.N. GREL#A e Câmbio Caranguejo, ambas de Matinhos. Hoje faz o baixo na LVHC. Já o Matha, vai faltar espaço e vou tentar resumir. Além de muitos projetos com outras bandas do litoral que ele fez e faz, que eu lembre aqui, tocou guitarra na Illbred de Paranaguá, baixo na GREL#A e se mantém ativo na guitarra da N.T.N., TOXINA e baixo dá Câmbio Caranguejo.

Por que decidiram se juntar para fazer a banda?

Keio: Acredito que todos gostam de tocar, fazer som e produzir algo relativo ao punk hardcore. Como disse, isso nos motiva.

Como foi o começo da banda, e o que mudou até hoje?

Jeg – A banda começou em uma noite eu (Jeferson) encontrei com o Maurício na pista de skate aqui em Guaratuba e conversando sobre som ele falou que tinha comprado uma guitarra é tinha um colega que estava vendendo uma guitarra também é se eu não queria comprar, comprei é começamos a tocar. Aí passando alguns dias vi uma bateria a venda em uma loja de móveis usados aí fui lá e troquei na minha guitarra mas sem nunca ter sentado atrás de uma batera, aí fomos atrás de um baixista e encontramos o Rogério os três sem nunca ter tocado nada e como o Rodrigo sempre estava nos ensaio com a gente pegou e assumiu o vocal aí tava feita a merda kkk. Foi com essa formação que fizemos as primeiras músicas da banda gravamos duas músicas para coletânea HARD CORE FACTION e também lançamos nossa primeira demo tape A Vida é Foda. No ano de 2002 o Rodrigo Borba saiu da banda e Edson Siebre Tiriba assumiu os vocais com toda sua raiva e rebeldia, com essa formação fizemos vários shows e algumas músicas. E em 2008 com a saída do Tiriba o Cleverson Keio entra para banda com toda sua bagagem do movimento PUNK trazendo para banda um novo gás e um vocal mais agressivo e com essa formação fizemos vários shows inesquecíveis e finalizamos as gravações do nosso primeiro álbum. E em 2017 com a saída do Rogério Resende quem assume o baixo é o nosso amigo já de longa data Jonathan mais conhecido como Jota Punk que também traz uma grande bagagem musical que veio a somar muito para banda. E em 2019 sai o Maurício E entra o Matheus Matha que já vinha sempre nos acompanhando em vários shows e sempre nos ajudando bastante assume a guitarra reforçando mais ainda a nossa pegada HARD CORE CAIÇARA. Que mesmo com todas essas mudanças a banda continua se mantendo cada vez mais viva e sempre tocando com mais ódio.

Qual o diferencial da banda de vocês?

Keio: Além de parecermos uns cadeieiros bem nutridos? Rs, acho que é ser uma banda familiar, que toca pq gosta mesmo. Quando entrei na banda em 2008 achei melhor tirar esse rótulo de hardcore assassino que a banda tinha antes por causa do João Acácio, pra uma coisa mais importante que é levar o Caiçarismo e nossa regionalidade conosco nos rolês. Misturar o punk HC com pitadas de fandango e por aí vai! Muita gente pensou nisso, mas ninguém fez. Nós estamos fazendo.

Vocês já possuem álbuns?

Keio: Sim. A LVHC tem 2 demos tapes, algumas participações em coletâneas e um álbum digital intitulado “Dias Miseráveis” que pode ser ouvido inteiro via bandcamp ou no YouTube.

Tem novidade pra chegar?

Keio: Temos sim. A pandemia acabou atrasando o lado de todos, deixando nossos projetos meio que estacionados. Tanto que temos músicas que já estão em nosso repertório dos rolês e ainda não foram gravadas. Então a ideia e juntar esse material novo e lançar o quanto antes em um EP. Digital e de repente físico pra continuar 2023 com força.

E os shows, como está o calendário?

Keio: Somos uma banda total familiar, então largar tudo durante um tempo pra fazer turnê é muito improvável pra nós. Desta forma mantemo-nos fazendo um show ali e aqui e estamos conseguindo desde o início deste ano de 2022 comemorar nossos 25 anos. Temos agora para o dia 06/11(domingo) os 6 Anos da Frontline Fucking Fest em Paranaguá e depois dia 25/11(sábado) o Litoral Hardcore Invasion no Pinhão Bar por vocês aí em Curitiba.

Os ensaios para os shows, são feitos com frequência?

Keio: Com certeza. Estamos sempre ensaiando. Mesmo sendo de 3 cidades próximas, fazemos o corre pra nós mantermos antenados no papo e no setlist.

Pra quem não conhece o trabalho de vocês, aonde costumam se apresentar normalmente?

Keio: No litoral, praias, Paranaguá volte e meia rola alguma coisa em algum bar ou Festival como os que tinha antes da pandemia em Matinhos (Festival Radical). Curitiba volte e meia colamos e até aniversário de amigos quando chamam a gente vai!

E falando do futuro, o que vocês planejam e esperam para a banda?

Keio: Mais 25 anos fazendo o que gostamos. Produzindo, ensaiando, trabalhando para manter o rock litorâneo vivo.

Redes Sociais:

Instagram.com/luzvermelha_hc

luzvermelhahc.bandcamp.com

Facebook.com/luzvermelhahc



Post Tags


Comentários



Adicionar Comentário




Descubra mais sobre Balbúrdia Records

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading