SOCO HC – Entrevista
A banda Soco HC faz um Hardcore pesado e agressivo. A banda foi formada em 2020 em meio a pandemia na cidade de Barra Velha no litoral de Santa Catarina, e agora já estão na estrada divulgando seu som, eles estarão em Curitiba dia 25 de novembro e prometem em breve lançar seu material, batemos um papo com a banda que você pode conferir aqui.
Nós mesmos somos exemplo de que o underground está ativo, pois somos de uma cidade que nem tem cena no rock, mas temos a vontade de fazer acontecer.
Daniel – Soco HC
Galera para quem não conhece o que é a Soco HC?
Daniel – A Soco HC é o resultado e a expressão da insatisfação nossa com a situação atual, tanto no campo político do país, como na vida cotidiana em relação à exploração no trabalho, em relação ao preconceito descarado das pessoas.
Murilo – É isso aí, se reunimos pra botar pra fora isso em forma de som, e nada mais justo que um som pesadíssimo e agressivo.
Conheci a Soco HC na internet na divulgação de um evento, e adorei o som da banda aí bateu a curiosidade que banda é essa? Podem contar um pouquinho da formação da banda como começou esse movimento.
Daniel – Vi um anúncio numa rede social, que o Montanha postou, procurando baixista pra montar um projeto HC. Fazia um ou dois meses que eu tava morando em BV (Barra Velha-SC), nem tava procurando banda mas resolvi responder pra ver o que acontecia. Logo ele entrou em contato comigo, batemos um papo e as ideias foram fechando. Acho que naquele mesmo dia fui apresentado pro Renã e pro Murilo, o papo fluiu legal também e ali fechou a formação da banda.
Murilo – Eu quando voltei morar em BV (Barra Velha-SC) começei a tocar com o Montanha que na época tinha uma bandinha de pop rock e ficaram sem guita… ai as referências de som minha e do montanha bateu e ficamos na pira de montar um projeto mais pesado, nisso o Renã que era vocal da banda que eu tocava em MG antes de voltar pra cá, resolveu vir pra cá também e com o Renã aqui e já sabendo das referências de antigas bandas e do gosto pela pauleira fechou o trio que saiu atrás de um baixista que estivesse na mesma situação, da onde encontramos com o Dani como ele disse acima. E isso durante a pandemia, por isso nos intitulamos Filhos da Pandemia.
A banda já nasceu autoral? Como vocês começaram a compor e como foi o processo?
Montanha – Desde o início a proposta é sim autoral e em português, foi escolhido alguns covers para se entrosar, porém nos primeiros ensaios já saiu a primeira música. ” Não cruza o meu caminho”
Acompanhando a Banda vemos que já está fazendo diversos shows, e como está sendo a receptividade dos sons de vocês? E como está a agenda de shows? Qual a dificuldade para uma banda do undeground?
Daniel – Receptividade tem sido boa, nos lugares que tocamos o pessoal curte bastante os sons e o show. Próximos shows dia 19/11, no Casa Preta em Floripa e dia 25/11 em Curitiba no Litoral HC Invasion. Dificuldade que eu percebo é ter uma agenda contínua de shows, a pouca valorização das bandas autorais, estrutura dos locais pra tocar, muitas vezes tirar grana do próprio bolso pra fazer o corre.
Como está o repertório de vocês, já possuem muitas músicas prontas?
Murilo – Nosso repertório é composto por 17 músicas, sendo 11 autorais e 6 cover;
Vocês têm previsão para algum lançamento?
Murilo – Se tudo rolar como o planejado em dezembro já é pra estar saindo do forno o primeiro Single
Como vocês veem a cena underground hoje e o que esperam dos próximos anos?
Daniel – Apesar da recente onda de conservadorismo e das relações cada vez mais descartáveis, vejo a cena do underground fortalecida e bastante unida, nesse pós pandemia tem muitos eventos e festivais voltando a acontecer o que é extremamente importante para alimentar o underground, muitas bandas surgindo, outras voltando à ativa… nós mesmos somos exemplo de que o underground está ativo, pois somos de uma cidade que nem tem cena no rock, mas temos a vontade de fazer acontecer. Penso que a cena tende a ficar mais unida e fortalecida.
E como banda quais são os planos e metas para o futuro, onde vocês se veem em um futuro breve?
Daniel – Próximo passo é gravar um single para ser lançado no final de dezembro ou Janeiro, estamos estudando isso ainda, temos algumas músicas consolidadas já e prontas pra serem lançados em EP no próximo ano, provavelmente um full até o final de 2023, pro futuro da banda a ideia é se manter ativo na cena, lançar material, fortalecer a parceria com outras bandas.
Deixem uma mensagem ou recado final para o pessoal que acompanha a Balbúrdia e a banda.
Daniel – Muito obrigado à Balbúrdia Records pelo interesse no nosso trabalho, Selos como esse é que mantém a cena viva. Obrigado ao pessoal que nos acompanha, fortaleçam o underground, assim todos podemos conquistar nosso espaço.
Integrantes
Daniel Frois – Baixo
Murilo – Guitarra
Renã – Vocal
Montanha – Bateria
Segue a Soco HC nas redes sociais e conheça mais.
www.instagram.com/socohc
Montanha (47) 9256-1945
Daniel (49) 8503-5509
Adorei a entrevista e conheço bastante o som de vocês.
Parabéns a banda
Parabéns soco HC